Coordenadores

Referencial
Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo metropolitano de Londrina 

Assessor
Pe. Sales Conceição de Melo Nogueira

Coordenadora
Elizete Sant Anna de Oliveira
(41) 9 9623-5356
[email protected]

 

APRESENTAÇÃO

Hoje em dia não há nenhum país que não tem alguns dos seus filhos se movimentando de um lugar para outro seja dentro ou fora do país. São diversos os motivos que os levam a migrar, mas a finalidade é sempre a mesma, encontrar uma opção de vida melhor. É tão visível o fenômeno da migração, a cada dia que passa, ele torna mais, forte, mais gritante, mais desafiador e muitas vezes os migrantes são vítimas.
Portanto um serviço pastoral a favor dos nossos irmãos migrantes se faz indispensável. Tendo consciência disso o documento de Aparecida vê nos migrantes como novos sofredores e pobres que clamam no mundo de hoje e que precisam de um acompanhamento eclesial e pastoral (DA411). E que diante desse fenômeno crescente da mobilidade humana a Igreja como mãe deve se sentir como Igreja sem fronteira, atenta a esse fenômeno. (DA 412) Isso significa um compromisso para um mundo mais justo e solidário para com nossos irmãos migrantes.

«Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo» (Mt 25, 35-36). Estas palavras soam como admoestação constante para reconhecermos no migrante não só um irmão ou uma irmã em dificuldade, mas o próprio Cristo que bate à nossa porta. Por isso, enquanto trabalhamos para que toda a migração possa ser fruto duma escolha livre, somos chamados a ter o maior respeito pela dignidade de cada migrante; e isto significa acompanhar e gerir da melhor forma possível os seus fluxos, construindo pontes e não muros, alargando os canais para uma migração segura e regular. Onde quer que decidamos construir o nosso futuro – no país onde nascemos ou fora dele –, o importante é que lá haja sempre uma comunidade pronta a acolher, proteger, promover e integrar a todos, sem distinção nem deixar ninguém de fora.

O percurso sinodal, que empreendemos como Igreja, leva-nos a ver, nas pessoas mais vulneráveis – e entre elas contam-se muitos migrantes e refugiados –, companheiros de viagem especiais, que havemos de amar e cuidar como irmãos e irmãs. Só caminhando juntos, poderemos ir longe e alcançar a meta comum da nossa viagem.

Roma, São João de Latrão, 11 de maio de 2023.

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 109º DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO 2023 

 

Objetivo

Suscitar, articular e dinamizar a organização coletiva dos migrantes, imigrantes e das Instituições e agentes que atuam junto com estes em vista do Reino de Deus, no Regional Sul 2, Capacitando as lideranças para uma ação efetiva junto aos migrantes a luz da proposta do Evangelho e das próprias orientações da Igreja. Isso implica um trabalho que leva a comunhão e integração entre os migrantes, partilhando os valores da fé e das suas culturas. Incentivar o compromisso eclesial e social junto e com os migrantes, para que eles sejam respeitados e aceitos como seres humanos com toda dignidade, como sujeitos e protagonistas da sua história.

 

Objetivos Específicos da Pastoral

Expandir as ações da Pastoral dos Migrantes em Nível Regional:

  • Lutar pelo protagonismo dos migrantes, formando lideranças e animando as várias formas de organização na conquista de direitos;
  • Denunciar as causas que estão nas raízes das migrações forçadas: Condições indignas de trabalho e moradia, o desemprego, a discriminação e todas as formas de preconceito, xenofobia e rejeição aos migrantes;
  • Abrir espaços para as expressões religiosas e culturais, promovendo a acolhida, o intercâmbio entre origem e destino dos migrantes, com visitas pastorais e missões populares;
  • Lutar pela construção de uma sociedade na qual a vida esteja sempre em primeiro lugar, articulando-se com as demais pastorais e movimentos sociais.

 

Diretrizes

  • Trabalhar sempre em sintonia com as diretrizes da Igreja local.
  • Sensibilizar a todos para com os direitos humanos, sem duvida os migrantes costumam ser as vítimas da exploração, violação, violência, o racismo, xenofobia, preconceitos, discriminação, trabalho escravo e degradante.
  • Observar e acompanhar o rumo da migração
  • Conscientizar a Igreja local e a sociedade em geral sobre o fenômeno da migração e a necessidade de todos se comprometerem com a causa.
  • Apoiar a criação da pastoral migratória e grupos de acolhida nas Dioceses, paróquias e comunidades que ainda não os tem.
  • Como Igreja devemos dar uma atenção especial aos imigrantes Retornados do Paraguai (conhecidos como Brasiguaios); aos Paranaenses no exterior e seus familiares; aos que vivem em área de fronteiras, a migração temporária ou sazonal, e aos imigrantes que chegam nas periferias das cidades (de modo especial aos que estão em situação irregular/indocumentados), sem jamais esquecermos das imigrações históricas do nosso Estado que foram muito importante e continuam sendo na construção do Estado do Paraná e do Brasil. (Europeus e Orientais)
  • Organizar e incentivar missões populares e visitas sócio pastorais junto aos migrantes, que favoreçam a participação de leigos, religiosos, seminaristas e simpatizantes da missão.
  • Apoiar e incentivar projetos alternativos e comunitários de resistência a emigração.
  • Capacitar lideranças migrantes mediante a realização de encontros e reuniões formativas, especialmente sobre os temas da cidadania, bíblia, mística e migrações.
  • Organizar jornadas, simpósios, seminários regionais sobre o tema da Mobilidade Humana, em parcerias e cooperação com Organismos, Instituições e o Mundo Acadêmico.
  • Motivar Igrejas de origem e destino, para trabalhos afins e intercâmbio pastoral.
  • Apoiar a luta dos trabalhadores sem terra na luta pela reforma agrária juntamente com a política de reforma urbana.
  • Dar uma atenção especial a questão legal e de cidadania dos migrantes, promovendo audiências públicas, assessoria jurídica, defensorias de direitos humanos para os migrantes e propor novos projetos de leis migratórias que contemplem os vários tratados internacionais e a verdadeira integração dos povos Sul-americanos.
  • Conscientização da Igreja e da sociedade em geral sobre a questão migratória.

 

Atividades Permanentes

  • Reunião da coordenação Regional (Foz do Iguaçu, Londrina, Cascavel, Curitiba, Apucarana).
  • Formação permanente de agentes sobre o fenômeno da migração por meios dos documentos da Igreja, leis de Migração, Políticas Públicas.
  • Acolhida e assistência diária aos migrantes e imigrantes nos centros de acolhimento aos migrantes.
  • Celebração das festas religiosas e civis e dos locais de origem com acompanhamento humano, espiritual e social.
  • Reuniões de formação com os agentes da pastoral do migrante
  • Organizar e difundir a semana do migrante e incentivar aonde ainda não se celebra dando prioridade à festa e a dimensão cultural dos migrantes, para fortalecer os valores, a fé e o compromisso com a vida. (celebração nos diversos idiomas) e comemoração do dia Internacional dos migrantes, como espaços privilegiados de ações e processo de conhecimento e conscientização.
  • Enviar material da semana do Migrante para as Dioceses, em vista à sensibilização para Organizar, motivar, celebrar no mês de junho esta importante data, abrindo assim oportunidade como um processo de acompanhamento dos migrante; imigrantes, refugiados que vivem em nosso Estado, lembrando que a semana acontece a nível Nacional em nosso país.
  • Participação em várias instâncias a nível municipal e Estadual em relação aos direitos humanos dos m/imigrantes, refugiados e suas famílias.
  • Acompanhar por meio de visitas as novas realidade de fluxos migratórios em nosso Estado, dando um especial acompanhamentos aos que estão em situação de vulnerabilidade social, econômica, psicológica e espiritual-pastoral.
  • Parceria com Pastorais Sociais, Órgãos do governo Federal, Estadual e Municipal em relação aos direitos dos Imigrantes, Migrantes, Refugiados e suas famílias.
  • Dar uma especial atenção aos estudantes estrangeiros que estão nas diversas Universidades de nosso Estado

 

Proposta de trabalhos da Pastoral para 2024

  • Fortalecer o trabalho da nova equipe de coordenação do Regional eleita em setembro de 2023 e traçar as metas para 2024, com reuniões periódicas;
  • Acompanhar por meio de visitas as novas realidades migratórias em nosso Estado, dando um especial; acompanhamentos aos que estão em situação de vulnerabilidade social, econômica, psicológica e espiritual-pastoral;
  • Motivar Formação de novos agentes de pastoral, incluindo os próprios migrantes e refugiados no processo;
  • Articulação ações com as demais pastorais e movimentos sociais: Grito dos Excluídos, Semana Sociais, Pastorais do Campo, Cáritas Brasileira Regional Paraná, Rede Clamor, entre outras.

 

Prioridades

  • Realização de celebrações, reuniões, festas encontros que possam favorecer intercâmbio entre os migrantes no campo religioso, social, político e cultural.
  • Trabalhar em Rede com outras dioceses e organizações que estão preocupados com o fenômeno da mobilidade humana.
  • Fortalecimento e acompanhamento dos grupos de base por meio de visitas

 

Alguns desafios

A acolhida, resgate cultural, o resgate da cidadania, a presença em três momentos (origem-trânsito-destino), diálogo com o diferente numa relação intercultural, trabalhar as consciências no cultivo da sensibilidade e solidariedade, denunciar as causas injustiças da miséria, fome, opressão, da migração forçada, da concentração de renda, fortalecer e anunciar as causas justas, positivas, do resgate da vida, da organização, da fé comprometida, na defesa da pessoa, construindo comunidades e transformando a sociedade, incidir politicamente para leis em favor da vida dos migrantes e para políticas públicas ao serviço dos excluídos.

  • Como criar e recriar novas estruturas sociais e eclesiais possibilitando espaços de solidariedade e de gratuidade para os migrantes, dignificando as relações e as pessoas?
  • Como intensificar nossa ação no estado do Paraná, uma vez que temos grandes dificuldades com material humano de financeiro.

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