COORDENAÇÃO
Bispo referencial
Dom Antônio Wagner da Silva
Bispo emérito de Guarapuava
Coordenadora Regional
Cristina S. de Oliveira
Fone: (41) 9 8806-3510
E-mail: pafroctba@gmail.com
APRESENTAÇÃO
A Pastoral afro-brasileira surgiu depois de um longo processo de conscientização e atuação de gerações de negros e negras que assumem viver sua fé na igreja, mas levando em conta a realidade da população afrodescendente no continente latino-americano e no Brasil. Os novos tempos, vividos pela igreja depois do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962- 1965), possibilitaram o surgimento da Pastoral afro-brasileira e a participação de novos agentes de pastoral. No final da década de 1970, depois de dois encontros feitos pela igreja Americana Latina se percebeu a necessidade de uma atenção pastoral maior para com os grupos culturais indígenas e afro-americanos. Durante a Conferência dos Bispos da América Latina na cidade de Puebla, no México em 1979, foram dados passos importantes que mostraram a atenção para com os mais pobres, entre eles, os negros e negras que vivem discriminados e em situações desumanas (cf. Puebla,34).
Desde a CF de 1988, com o tema a Fraternidade e o Negro e o lema Ouvi o Clamor deste Povo, a Igreja Católica no Brasil, oficialmente, vem ajudando negros e brancos a conhecer e a estimar o Dom de Deus presente na negritude.
O texto da Campanha da Fraternidade de 1988 deixou claro que a situação tanto econômica quanto educacional da população afro-brasileira tem grandes desigualdades. Na área econômica, os negros encontram menos oportunidades de emprego e, quando conseguem colocação, a renda média mensal é inferior à dos brancos segundo o texto base da CF/88 (documento CNBB, CPP, nº 16-36, p.8 a 16).
A campanha da Fraternidade, com tema sobre negros, chamou também a atenção para algumas situações próprias; por exemplo, a mulher negra e o menor negro vitima de discriminações e marginalizações, vivem ainda hoje expostos a todo tipo de perigo na sociedade. A família continua a sofrer a desintegração provocada pelo processo de escravidão. E ainda o racismo está muito presente na fala e no vocabulário da população em geral.
Neste contexto é que surge a Pastoral afro-brasileira que hoje se coloca a serviço, como uma necessidade, diante de novas atuações da igreja: pois, “A evangelização nos novos tempos exige, além da renovação das atuais estruturas pastorais, a criação de novas estruturas. Elas devem corresponder às exigências de uma nova evangelização, com novos métodos, novas expressões e, sobretudo, numa espiritualidade que torne a igreja cada vez mais missionária” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, 106).
Missão
Buscar animar as comunidades, proporcionado vivência eclesial, a partir da palavra de Deus, da tradição da Igreja reafirmando os valores de suas culturas.
Objetivo
Sensibilizar a igreja para o conhecimento das questões afro-brasileiras; animar os grupos negros católicos existentes; incentivar o surgimento de novos grupos que buscam sua identidade numa sociedade e igreja plurais.
Diretrizes
- Ser uma pastoral bem organizada, que se ligue a outros serviços e ações com objetivos semelhantes, que seja visível na comunidade e bem articulada com as outras ações da Igreja.
- Animar os grupos negros católicos para o resgate da sua verdadeira história.
- Incentivar o surgimento de novos grupos que buscam sua identidade numa sociedade e Igreja plurais.
- Promover integração e articulação dos grupos e das iniciativas, respeitando as suas particularidades.
- Colaborar na construção de uma sociedade justa e solidária. Como exercício da cidadania, a serviço da vida e da esperança.
- Testemunhar a fé em profunda comunhão eclesial.
Atividades permanentes
O plano de atividades do Secretariado Nacional da CNBB prevê atividades permanentes da Pastoral Afro Brasileira e também projetos mais específicos como acontece em todas as pastorais, como por exemplo:
- Grupo de Reflexão Negra e Indígena da Conferência dos Religiosos do Brasil (GRENI / CRB).
- Instituto Mariama – Articulação de Bispos, Presbíteros, Diáconos Negros e Solidários do Brasil.
- Congresso Nacional de Entidades Negras Católicas (CONENC).
- Romaria da Comunidade Negra a Aparecida.
- Seminário Nacional de Teologia Afro.
- Encontros Regional, Diocesanos, etc.
- Celebrações Inculturada Afro.
A atuação pastoral, no ponto de vista afro, tem acontecido não só dentro da igreja, mas também fora dela. Essa situação acontece por exigência da sociedade civil, que fica solidaria com as legitimas reivindicações dos movimentos populares. Exemplo disso é o apoio aos remanescentes dos Quilombos, que lutam pela democratização da terra e da moradia onde os negros são as principais vítimas. A Pastoral a Afro também está presente no pedido de políticas afirmativas, apoiando ações alternativas na área da Saúde, Cultura, Ação Social, Educação, como os cursos pré-vestibulares para os negros carentes, e a obtenção de bolsas para ingresso nas universidades e outros.
Prioridades
- Fortalecimento dos grupos de reflexão de base.
- Criação de novos grupos atingindo o maior número de Dioceses.
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