ECÔNOMOS
Durante dois dias, ecônomos e administradores dos Regionais da CNBB Sul 2 e Sul 4 tratarão de assuntos relacionados à administração na Igreja Católica.

Durante o dia de hoje, 03 e amanhã, 04, mais de quarenta ecônomos e auxiliares das Mitras Diocesanas do Estado do Paraná e de Santa Catarina estarão reunidos para um encontro na Casa São João Diego, em Guarapuava.

Representantes dos Regionais da CNBB Sul 2 (Paraná) e Sul 4 (Santa Catarina) discutem e trocam experiências nestes dois dias sobre a administração em se tratando do patrimônio e finanças da Igreja Católica. O evento também tem por objetivo esclarecer vários pontos relacionados a questões fiscais no âmbito do Clero.

Em entrevista à jornalista Céci Maciel da Central Cultura de Comunicação, o ecônomo da Mitra Diocesana de Joinville, Santa Catarina, Padre Ivam Francisco Macieski, destacou a importância da boa administração para a Igreja Católica. De acordo com ele, além dos cuidados com as questões religiosas, de cunhos espiritual e pastoral, também é preciso que haja consonância e muito cuidado para com os bens materiais e as finanças da Igreja. Padre Ivam conta que atualmente a Diocese de Joinville é tida como modelo em se tratando de administração, mas grifa que nem sempre foi assim.

Alvo da Receita Federal que apontou diversas irregularidades há pelo menos sete anos, o ecônomo explicou que foi através de muito trabalho, estudo e dedicação que a Mitra catarinense conseguiu reverter a situação, se modernizar e caminhar de acordo com o que as leis fiscais exigem. “Para o governo, somos como uma empresa. Como tal, precisamos responder e agir de acordo com as leis. Há pelo menos sete anos, recebemos uma visita da Receita Federal que nos multou por inúmeras situações irregulares, mas que até então, desconhecíamos. Isto nos provocou a buscarmos uma administração moderna, transparente, de forma a fazermos melhor uso da tecnologia, que no mercado lá fora, já se tornara muito comum há mais de cinquenta anos, mas que na Igreja, sequer se falava em sua implantação”, rememorou o sacerdote.

Por ter, durante toda sua história, pregado a pobreza, Padre Ivam acredita que houve certo acomodamento por parte das administrações diocesanas em não se atualizarem durante tanto tempo em quesitos administrativos, acarretando em grandes problemas de ordem fiscal. “A Igreja sempre pregou a pobreza. Mas pobreza, não significa desorganização. No passado, a Igreja gozava de alguns privilégios que não possui mais atualmente. A ideia que se tinha, anteriormente, era que a Igreja era uma instituição atemporal, que cuidava das coisas eternas e dos bens espirituais. Pensar assim, sempre foi um grande engano. Perante o governo, nós somos uma empresa e, como tal, precisamos estar em dia com todas as responsabilidades, honrando as leis e os compromissos inerentes a um CNPJ e isto tem que ser levado com muita seriedade para que não corramos o risco que termos o patrimônio dilapidado e jogarmos fora coisas que, muitas vezes foram doadas pelas famílias”, enfatizou Padre Ivam.

Da Diocese de Guarapuava participam do encontro o ecônomo, Padre Sercio Ribeiro Catafesta, além dos administradores Gilmara Calixto Bohenken e Antonio Verci Schran.

Com informações e foto de Céci Maciel da Central Cultura de Comunicação

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