Nessa quinta-feira, 31 de março, completou-se um ano do falecimento de Dom Pedro Carlos Zilli, que foi o primeiro bispo da Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, África. Ele faleceu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19, deixando um legado missionário sem precedentes para o povo guineense. 

Dos seus 66 anos de idade, 36 foi de missão na Guiné-Bissau, primeiro como padre e, depois, como bispo. O povo recorda-se dele como um homem simples, comunicativo, contador de histórias, amigo de todos, feliz na vocação sacerdotal missionária, enfim, um testemunho vivo do Evangelho.  

Paranaense de adoção, como ele mesmo dizia, Dom Pedro sempre teve muita proximidade ao episcopado paranaense e buscava aproximar a Igreja da Guiné-Bissau da Igreja do Paraná. Essa proximidade tornou-se mais evidente quando, em 2014, o Regional Sul 2 da CNBB assumiu uma missão Ad Gentes na cidade de Quebo, que pertence à Diocese de Bafatá. Desde então, missionários, na sua maioria leigos, são enviados para viver entre o povo e atuar em três áreas: evangelização, saúde e educação.  

Homenagem na escola 

No dia em que marca o primeiro ano do falecimento de Dom Pedro, os professores e os alunos da escola da Missão São Paulo VI prestaram uma homenagem a ele com cantos e orações. Na escola, o ensino fundamental (1º ao 9º ano) foi batizado de “Dom Pedro Carlos Zilli”, uma homenagem feita a ele ainda em vida, por ter sido o grande incentivador da Missão. O ensino fundamental teve início em outubro de 2021, com uma turma de 1º ano. O projeto é que a cada ano seja aberta uma nova turma até completar as 9 etapas.  

Para a homenagem, ficaram à frente uma aluna segurando um quadro com a foto de Dom Pedro e dois alunos segurando uma cartolina, na qual havia um desenho do bispo, que foi feito pelo professor Gilberto Gomes.  

Enquanto isso, foi lida uma breve biografia da vida de Dom Pedro, recordando seu itinerário e quanto amor ele demonstrava pela Guiné-Bissau, pela Igreja e pelas pessoas com quem convivia. Também foi proclamado o Evangelho de São Mateus, no qual Jesus fala que os discípulos são “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 3-16). Professores e alunos também cantaram duas músicas que Dom Pedro gostava: “Tu és a razão da jornada” e “Maria do sim”.  

Segundo a missionária Helena Wegrzyn, diretora da escola, eles buscaram homenagear Dom Pedro da forma que ele gostava: “Escolhemos um Evangelho que representa, perfeitamente, o que foi vida de Dom Pedro. Ele, de fato, foi “sal e luz” nesse mundo, transformou e iluminou todas as realidades por onde passou. Por isso, pensamos em contar sua história, a fim de que as crianças não esqueçam quem ele foi e que muito dessa escola se deve a ele. Também quisemos cantar, juntos, as músicas que ele mais gostava. Foi uma homenagem singela, mas muito bonita e verdadeira”.  

Biografia  

Dom Pedro Carlos Zilli (PIME) nasceu em Santa Cruz do Rio Pardo (SP) no dia 7 de outubro de 1954. Aos 17 anos mudou-se com a família para a cidade de Ibiporã (PR).   

Foi ordenado sacerdote no Pontifício Instituto Missões Exteriores (PIME) no dia 5 de janeiro de 1985, na cidade de Ibiporã (PR). Logo após a ordenação, foi enviado em missão para o país da Guiné-Bissau, África, tornando-se vigário paroquial na missão de Bafatá.   

Foi nomeado o primeiro bispo da Diocese de Bafatá no dia 13 de março de 2001. Sua ordenação episcopal aconteceu no dia 30 de junho de 2001, na cidade de Ibiporã (PR), tendo como ordenante principal o então arcebispo de Londrina (PR), Dom Albano Bortoletto Cavallin. Desde 19 de agosto de 2001, quando foi empossado como bispo diocesano de Bafatá, Dom Pedro pastoreou com muito zelo e amor essa Igreja particular a qual foi enviado.   

(Karina de Carvalho – Assessora de comunicação da CNBB Sul 2)

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