No último domingo, 28 de dezembro, a Igreja concluiu solenemente o Jubileu 2025, que teve como tema Peregrinos da Esperança. Vivido em todas as dioceses do mundo, o Ano Jubilar também foi celebrado intensamente nas 18 arqui/dioceses do Paraná, em comunhão com a Igreja universal. 

O Jubileu 2025 foi proclamado pelo Papa Francisco por meio da bula Spes non confundit, na qual o Santo Padre convidou os fiéis a redescobrirem a esperança cristã como força que sustenta a fé, renova a caridade e impulsiona a missão da Igreja em meio aos desafios do tempo presente. Inspirada pelas palavras do apóstolo Paulo, “A esperança não decepciona” (Rm 5,5), a proposta jubilar foi vivida como um caminho de conversão, reconciliação e renovação espiritual. 

A abertura do Ano Santo nas igrejas particulares aconteceu no dia 29 de dezembro de 2024, conforme orientação da Santa Sé. Em cada diocese, os bispos designaram catedrais, paróquias e santuários, onde os fiéis puderam realizar peregrinações, participar de celebrações especiais e obter as indulgências jubilares, vivenciando de forma concreta a experiência da misericórdia de Deus e da comunhão eclesial. Clique aqui e veja como foi a abertura nas dioceses do Paraná. 

Na mesma bula de proclamação do Jubileu, o Papa Francisco pediu que o encerramento do Ano Santo nas dioceses fosse realizado no dia 28 de dezembro de 2025. A data foi marcada por celebrações solenes em todas as dioceses do mundo, e no estado do Paraná não foi diferente!  

  

Diocese de Guarapuava encerrou Ano Jubilar em cidade devastada por tornado 

Marcada pela maior tragédia de sua história recente, mas sustentada pela fé e pela solidariedade, a cidade de Rio Bonito do Iguaçu foi escolhida pela Diocese de Guarapuava para o encerramento do Ano Jubilar da Esperança. O momento culminou com a elevação da Paróquia Santo Antônio de Pádua à condição de santuário, passando a ser oficialmente o Santuário Santo Antônio de Pádua – Santuário da Esperança. 

No dia 7 de novembro, quando um tornado devastou a cidade, centenas de pessoas estavam reunidas no interior da Igreja Santo Antônio de Pádua. Para muitos, aquele espaço tornou-se refúgio e sinal concreto de proteção. A igreja se fez abrigo, consolo e vida, fortalecendo ainda mais o vínculo espiritual da comunidade com este lugar. 

Foi neste contexto que Rio Bonito do Iguaçu acolheu o encerramento do Ano Jubilar da Esperança. Antes do início da caminhada com os peregrinos, o bispo diocesano Dom Amilton Manoel da Silva destacou o significado daquele momento para toda a Igreja Particular. “Hoje é um dia muito especial. Especial não pelo encerramento do Ano Jubilar, mas pelos frutos deste ano e pela esperança que aprendemos não apenas como conteúdo, mas como experiência”, afirmou. Segundo ele, trata-se da esperança que é o próprio Cristo, “que nos motiva a lutar, a trabalhar por dias melhores na terra, com a certeza de que ela não decepciona”. 

 

Arquidiocese de Cascavel viveu momento histórico com a ordenação dos primeiros diáconos permanentes 

Na arquidiocese de Cascavel, o arcebispo dom José Mário Scalon Angonese celebrou a Santa Missa de encerramento do Ano Santo no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel, onde se reuniram cerca de 6 mil pessoas.  

A celebração foi um marco histórico na caminhada da arquidiocese, pois nela também aconteceu a ordenação dos seus primeiros seis diáconos permanentes. São eles: Algacir da Silva Dias, Mauro Cipriano da Silva, Ronaldo Ribeiro, Cesar Luiz Pilatti, Ernesto Dall ‘Agnol e Pedro Guerra Neto. Antes de encerrar a solenidade Dom José Mário anunciou a missão e as novas funções a cada um dos novos diáconos e concedeu a bênção a todos os fiéis presentes, que vieram de todas as 42 paróquias, dos 17 municípios do âmbito arquidiocesano. 

 

Cinco padres são ordenados no encerramento do Jubileu da Diocese de Apucarana 

Na diocese de Apucarana, a celebração de encerramento do Ano Jubilar aconteceu na Catedral Basílica Nossa Senhora de Lourdes no sábado, 27 de dezembro. Na celebração, o bispo diocesano, dom Carlos José de Oliveira, presidiu a ordenação presbiteral de cinco novos padres. Um diferencial na ordenação foi que um dos neossacerdotes era um diácono permanente, que ficou viúvo, e agora recebeu o terceiro grau do Sacramento da Ordem. 

 

Diocese de Campo Mourão lançou Itinerário Pastoral 2026 no encerramento do Jubileu 

O encerramento do Jubileu na diocese de Campo Mourão aconteceu no Seminário Diocesano São José e reuniu aproximadamente duas mil pessoas, provenientes das 41 paróquias da Diocese. A missa solene, presidida pelo bispo diocesano, dom Evandro Luis Braun, aconteceu na tarde do domingo, 28 de dezembro. Logo no início, houve a acolhida das caravanas paroquiais e a entrada dos padroeiros das matrizes e capelas, expressando a diversidade e a riqueza da caminhada diocesana.   

Ao final da missa, foi realizado o lançamento do Itinerário Pastoral 2026. Trata-se não de um novo Plano Diocesano de Pastoral, mas de um caminho de discernimento e amadurecimento que a Igreja de Campo Mourão pretende trilhar ao longo de 2026, como preparação para a elaboração do 20º Plano Diocesano de Pastoral. O Itinerário Pastoral nasceu das assembleias paroquiais e diocesanas e se estrutura a partir de três grandes linhas que emergiram da escuta do Povo de Deus: Espiritualidade, Comunhão e Organização. 

 

Bispos presidiram celebrações solenes em suas dioceses  

Em comunhão com a Igreja e fiéis ao pedido do Papa, todas as dioceses celebraram, de forma solene, o encerramento do Jubileu. Em algumas, a celebração aconteceu na Catedral, em outras em espaços abertos, a fim de acolher mais pessoas.  

Na diocese de Jacarezinho, além da solene celebração presidida pelo bispo diocesano, dom Antônio Braz Benevente, na Catedral Imaculada Conceição; todas as paróquias da diocese celebraram uma missa no mesmo horário, expressando a comunhão diocesana e propiciando a participação de mais fiéis. 

Na arquidiocese de Maringá, a missa solene, presidida pelo arcebispo dom Severino Clasen, foi campal realizada na praça em frente à Catedral. Na celebração, foram distribuídos e abençoados lenços comemorativos do Ano Jubilar, como um símbolo de fé e unidade no caminho de esperança que foi trilhado. 

Em entrevista ao Regional, o arcebispo de Londrina e presidente da CNBB Sul 2, dom Geremias Steinmetz, falou sobre os frutos que já podem ser colhidos deste Ano Santo. “Percebemos um fortalecimento da dimensão da esperança. Muitas dioceses intensificaram momentos de oração, de peregrinações, de celebrações penitenciais e ações solidárias. Houve também um esforço muito bonito de formação, ajudando o povo a compreender o verdadeiro sentido do Jubileu, para além de práticas isoladas, como um caminho de conversão pessoal e comunitária, disse o arcebispo”. Confira a entrevista na íntegra:  

 

Confira fotos das celebrações nas dioceses: 

Arquidiocese de Curitiba

 

Diocese de São josé dos Pinhais

 

Diocese de Paranaguá

 

Diocese de Ponta Grossa

 

Diocese de União da Vitória: CLIQUE AQUI PARA VER OS VÍDEOS DA CELEBRAÇÃO

 

Arquidiocese de Londrina

 

Diocese de Cornélio Procópio

 

Diocese de Umuarama

 

Diocese de Paranavaí 

 

Diocese de Toledo

 

Diocese de Palmas-Francisco Beltrão

 

Diocese de Foz do Iguaçu

 

O encerramento do Jubileu 2025 não representa um ponto final, mas um envio. A experiência vivida ao longo do Ano Santo fortaleceu a missão da Igreja de continuar sendo sinal de esperança no mundo, especialmente junto aos mais pobres, sofredores e excluídos. Como peregrinos da esperança, os fiéis são chamados a levar para a vida cotidiana tudo aquilo que foi rezado, celebrado e aprendido durante este tempo jubilar. 

Assim, a Igreja no Paraná encerra o Jubileu 2025 com gratidão, renovando seu compromisso de seguir caminhando unida, em comunhão com o Papa e com toda a Igreja, anunciando o Evangelho e testemunhando que a esperança cristã jamais decepciona. 

Karina de Carvalho Nadal – Jornalista da CNBB Sul 2

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