No último sábado (28/02) e domingo (01/03) aconteceu o 1º Encontro de Formação para novos agentes da Pastoral do Migrante Regional Sul 2 do Paraná. O encontro aconteceu na chácara São José em Londrina e contou com a participação de 35 agentes das dioceses de Curitiba, Apucarana, Foz do Iguaçu, Paranavaí, Londrina e Maringá.
Dom Orlando Brandes, arcebispo de Londrina, fez a acolhida lembrando a grande dificuldade que a Pastoral do Migrante enfrenta, lembrou ainda das migrações citadas na Bíblia e da parceria que a Pastoral do Migrante deve fazer com outras pastorais.
O encontro contou com as assessorias do padre Edivan Pedro dos Santos, da Arquidiocese de Londrina que provocou a todos os agentes sobre a “Igreja em saída” e sobre os documentos da Igreja e também do José Carlos Pereira, membro da colegiada do SPM- Serviço Pastoral dos Migrantes e do CEM- Centro de Estudos Migratórios de São Paulo, que trouxe uma análise de conjuntura com a realidade migratória no Brasil e no mundo e a missão da Pastoral do Migrante no chão das comunidades, as migrações contemporâneas no contexto histórico, causas/ motivações atuais.
A equipe teve momentos muito ricos de formação, espiritualidade e alegria. Na noite de sábado participaram da missa no Santuário Nossa Senhora Aparecida, em seguida, de volta a chácara apreciaram uma noite cultural com muita animação e comidas típicas das regiões.
Como encaminhamentos foi feita uma carta destacando a importância da Pastoral do Migrante na defesa da pessoa humana especialmente dos Migrantes, Refugiados e Apátridas, tendo o dever de denunciar as mazelas sociais, conscientizando a sociedade para que não se omita a tantas injustiças. Essa carta será divulgada a todas as dioceses do Paraná.
O próximo encontro ficou agendado e acontecerá em Agosto de 2015 em Curitiba.
Como motivação ficamos com o lema da Campanha da Fraternidade “EU VIM PARA SERVIR”.
CARTA DE ENCAMINHAMENTO DO I ENCONTRO DE FORMAÇÃO DE AGENTES
DA PASTORAL DO MIGRANTE DA REGIONAL SUL 2
Londrina-PR, 01 de março de 2015.
Nós, agentes da Pastoral do Migrante e entidades parceiras, reunidos em Londrina-PR, de 28 de fevereiro a 01 de março de 2015, destacamos a importância da Pastoral do Migrante na defesa da pessoa humana e especialmente dos migrantes, refugiados e apátridas; atuação que ainda pode ser potencializada na conscientização social sobre a temática.
A Campanha da Fraternidade e a Pastoral do Migrante têm o dever e a missão de denunciar mazelas sociais, conscientizando a sociedade para que não se omita a tantas injustiças que acontecem com a pessoa humana. Acolher o migrante é uma ação cristã, despojada de preconceitos, é a chave mágica que abre o coração e alma do migrante.
O diálogo é importante para conhecer a verdadeira situação do migrante e estabelecer um relacionamento fraterno, visitá-los, ser presença fraterna e discreta, ajudando-os a se integrarem na sociedade.
No Documento de Aparecida está bem claro qual é a importância de um acompanhamento pastoral, uma vez que afirma: “os migrantes devem ser acompanhados pastoralmente pela sua Igreja de origem e estimulados a se fazer discípulos missionários nas terras e comunidade que os acolhem” (DAP 415). Os migrantes que partem de nossas comunidades podem oferecer valiosa contribuição missionária às comunidades que os acolhe.
A Igreja Povo de Deus é um processo de construção do Reino, na caminhada iluminada pelo Evangelho. A “Igreja de saída” necessita de formação política, para que cada cristão e cristã exercite seu papel de cidadão e cidadã na sociedade, visando o bem comum.
É necessário missionarizar as ações em uma pastoral de conjunto que trabalhe em rede com instâncias do poder público e da sociedade civil, sem deixar de destacar a cultura do encontro, que nos faz irmãos e irmãs em Cristo.
Convidamos, assim, o Poder Público, a sociedade civil e a Igreja para envolverem-se na discussão, atualmente muito presente devido à demanda brasileira da migração, refúgio e apátrida, para que juntos possamos criar ferramentas mais eficazes e efetivas de acolhida, cidadania e inserção social.
Encerramos com o refrão do canto da Campanha da Fraternidade 2015: “quero uma Igreja solidária, servidora e missionária, que anuncia e saiba ouvir, a lutar por dignidade, por justiça e igualdade, pois eu vim para servir”.
Paz e bem!
Assinam esta carta:
Cáritas Arquidiocesana de Londrina
Cáritas Brasileira Regional Paraná
Cáritas Diocesana de Apucarana
Centro de Referência em Direitos Humanos Dom Helder Câmara
Comitê Estadual para os Refugiados e Migrantes no Estado do Paraná – CERM
Coordenação da Pastoral do Migrante Regional Sul 2
Diocese de Umuarama
Pastoral do Migrante Arquidiocese de Curitiba
Pastoral do Migrante Arquidiocese de Londrina
Pastoral do Migrante Diocese de Apucarana
Pastoral do Migrante Diocese de Foz do Iguaçu
Serviço Pastoral do Migrante
Fonte: Lucia Bamberg Valentim
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