A IX Assembleia Nacional da Pamen teve início no dia 14, no recanto Coqueiro d´Agua, em Santa Luzia, MG, com a presença de André Franzini, Coordenador Nacional da Pamen, Dom Luiz Gonzaga Fechio, Bispo Referencial da Pastoral do Menor Nacional, Dom Guilherme Antônio Werlang, presidente da Comissão Episcopal para Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB e Dom Enemésio Lazaris, representante dos Bispos Referenciais dos Regionais Pamen.
Dom Enemésio agradeceu a todos os agentes pelo trabalho realizado nas dioceses e enfatizou a importância de cada um ajudar as pessoas a viver sua liberdade: “foi para a liberdade que o Cristo nos libertou”, lembrou o Bispo.
Na sequência, Dom Guilherme destacou que uma Pastoral tem suas peculiaridades e seu eixo, a Igreja e as Pastorais não são movimentos sociais, pois sua motivação não pode ser ideologias, posições partidárias, mas sim o evangelho: “o que nos move é o evangelho, a fé no Cristo. Não existe ideologia mais forte que Jesus”. Entretanto, uma Pastoral deve trabalhar com as “potencializações sociais”, ou seja atuar com os movimentos, com o Estado, autoridades diversas. Também enfatizou a importância do agente de pastoral estar próximo ao povo e colaborar com a transformação da realidade: “agente pastoral não pode ser assistencialista, deve ter ações transformadoras e libertadoras”
O Bispo Referencial da Pamen, Dom Luiz Fechio, fez sua fala alusiva aos 40 anos de Pastoral do Menor. Enfatizou que é preciso olhar pra frente sem deixar de olhar pra trás, no sentido de entender a trajetória que iniciou com Dom Luciano Almeida, a quem Dom Luiz fez questão de lembrar que está sob processo de beatificação. Então conclamou os agentes a agir conforme o fundador da Pamen: “olhar pra frente buscando ter a firmeza do olhar de D. Luciano, sem tirar os pés no chão para por a mão na massa”, sendo motivados como cristãos a ser sal e luz.
O coordenador nacional da Pamen, André Franzini, finalizou as apresentações da mesa agradecendo ao Bispo D. Luiz pela forte presença que foi força para os todos nos mais diversos momentos, assim como a vice coordenadora, Lourdes Viana. Logo após destacou a experiência da gestão da coordenação nacional e do conselho neste triênio que se encerra agora, enfatizando o espírito de coletividade e cordialidade como marca da gestão.
Trouxe como pontos importantes do triênio: a maior articulação entre as coordenações regionais, o conselho nacional teve mais oportunidade de encontros e maior alinhamento na condução das pautas e deliberações, uma maior inserção da Pastoral do Menor na Igreja; o desenvolvimento e os resultados da campanha Dê Oportunidade. O Coordenador também destacou a ação do trabalho de incidência política da Pastoral do Menor e na oportunidade agradeceu aos representantes Pamen que têm atuação nos conselhos estaduais e municipais de direitos da criança e do adolescente, especialmente ao representante da Pamen Nacional no Conanda, Vitor Cavalcante, e a representante da Pastoral no Fórum Nacional DCA, Sônia Amâncio.
Houve agradecimento ainda a todos representantes do conselho e coordenação, equipe administrativa do secretariado nacional e à Marilene Cruz e ao GT de Formação da Pamen. No encerramento houve apresentação de um vídeo com as principais ações da gestão nestes três anos.
O Regional Sul 2 também marcou presença, com a coordenadora Regional Célia Maria de Azevedo Santana, e os delegados, Pe. Alex Leite Alves da Diocese de Apucarana, Meires de Lourdes Pascutti, da Diocese de Paranavaí, Doris Maria Faria da Arquidiocese de Curitiba e Moisés Amaro, da Diocese de Jacarezinho. Célia Maria enfatizou o momento histórico que a pastoral vem atravessando, onde as crianças e adolescentes “Clamam por Justiça e Misericórdia”. “Na atual situação, vive-se um populismo autoritário (fim das políticas protetiva) onde a Proteção Especial é negada: acesso ao Direito e a oportunidade, sente-se a necessidade de inovar novas formas de políticas e recolocar a infância brasileira na agenda ética-política. Devemos ser presença de fé no outro, potencializar as crianças e adolescentes respeitando e acreditando no seu protagonismo”.
Fonte: Pastoral do Menor Nacional