terça-feira, 19 março 2024

Pastoral da Pessoa Idosa

COORDENAÇÃO

Bispo referencial
Dom José Antonio Peruzzo
Arcebispo metropolitano de Curitiba

Coordenadora Regional
Rozilda de Cacia Lemes do Nascimento
Fone: (42) 9 8823-1751
E-mail: [email protected]


APRESENTAÇÃO

Pastoral da pessoa idosaJustificativa

A Pastoral da Pessoa Idosa, Organismo vinculado à CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fundada em 05 de novembro de 2004, tem por objetivo formar redes de solidariedade humana, fortalecendo o tecido social e contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas na família, buscando a compreensão de todas as dimensões do envelhecimento (física, psicológica, social e espiritual), gerando uma cultura de cuidado do ser humano em sua plenitude.

Objetivo

A Pastoral da Pessoa Idosa tem por objetivo assegurar a dignidade e a valorização integral das pessoas idosas, através da promoção humana e espiritual, respeitando seus direitos, num processo educativo de formação continuada destas, de suas famílias e de suas comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político, para que as famílias e as comunidades possam conviver respeitosamente com as pessoas idosas, protagonistas de sua autorrealização, por meio das seguintes atividades:

  • Promover o desenvolvimento físico, mental, social, espiritual, cognitivo e cultural dos idosos.
  • Promover o respeito à dignidade e à cidadania das pessoas idosas, colaborando para a divulgação e implementação do Estatuto do Idoso – Lei nº. 10.741, de 1º de outubro de 2003.
  • Promover o convívio das pessoas idosas com as demais gerações, estimulando uma velhice ativa e buscando uma longevidade digna.
  • Estimular e respeitar a espiritualidade das pessoas idosas.
  • Valorizar a história de vida, as experiências, o ser biográfico, a sabedoria adquirida ao longo da vida de cada pessoa idosa, respeitando-a como guardiã da memória coletiva.
  • Capacitar agentes de pastoral para o acompanhamento das pessoas idosas nas visitas domiciliares e nas outras atividades complementares afins.
  • Organizar redes de solidariedade humana nas comunidades e nos diferentes níveis para promover o bem-estar dos idosos.
  • Incentivar a criação e participação nos conselhos de direitos do idoso em todos os níveis.
  • Realizar parcerias, somando esforços com outras pastorais, comunidade científica, associações de geriatria e gerontologia, organizações de defesa dos direitos dos idosos, de assistência social e outras entidades afins.
  • Manter um sistema de informação sobre a situação das pessoas acompanhadas.
  • Democratizar notícias e informações sobre os idosos nos meios de comunicação social.
  • Promover esclarecimentos sobre os preconceitos contra as pessoas idosas, a fim de que sejam superados.
  • Somar esforços com iniciativas de educação continuada para cuidadores de idosos.
  • Valorizar a vida até sua fase final, apoiando os programas de cuidados paliativos, que assegurem o caráter espiritual da existência humana.

Visita Domiciliar

O trabalho essencial é a organização da comunidade e a capacitação de Líderes comunitários que ali vivem, para que, cada líder capacitado, fortalecido em sua fé e no seu compromisso social, assuma voluntariamente o acompanhamento por meio de visita domiciliar, a uma média de 10 pessoas idosas nas famílias vizinhas, em ações preventivas, adotando bons hábitos na área da saúde, nutrição, educação e cidadania, estimulando a sociabilidade, evitando ou reduzindo o grau de isolamento e abandono. O líder comunitário faz a ponte entre a pessoa idosa e sua família, com os serviços existentes na comunidade, especialmente com as Unidades Básicas de Saúde (UBS), com os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), e com os Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Identifica igualmente pessoas idosas com direito ao Benefício de Prestação continuada (BPC) e que não estejam contempladas, fazendo os devidos encaminhamentos aos serviços acima citados. Onde tais serviços não existem, as lideranças da Pastoral mobilizam a comunidade para exigir do poder público sua criação. Dessa maneira, vai sendo criada e fortalecida a Rede de apoio à pessoa idosa, começando na família, na vizinhança, na comunidade, no município.

Para identificar os voluntários em uma comunidade, iniciamos com um momento de sensibilização, apresentando a Pastoral da Pessoa Idosa, sua metodologia, sua proposta de trabalho voluntário na comunidade e convidando quem queira vir fazer a experiência. Aos que estiverem dispostos a assumir o compromisso de visitar a uma média de 10 pessoas idosas todos os meses, convidamos para fazer uma capacitação básica.

A capacitação básica dos voluntários, que chamamos de Líder comunitário, é composta de 6 etapas de 4 horas cada etapa. Após passar por esta capacitação básica, os Líderes comunitários de cada comunidade reúnem-se mensalmente para uma reunião de avaliação e reflexão. Essa reunião é um espaço para a formação contínua dos Líderes, animação da caminhada, troca de experiências, partilha de como foram as visitas às pessoas idosas, quais dificuldades encontradas, o que merece atenção especial, casos que necessitam ser encaminhados, como e onde buscar apoio.

Outro objetivo dessa reunião mensal de avaliação e reflexão é o preenchimento da FADOPI– Folha de Acompanhamento Domiciliar da Pessoa Idosa. Nela são incluídas todas as pessoas idosas que estão cadastradas no Caderno de cada Líder comunitário e que foram por eles visitadas. Assim, a cada mês, cada comunidade preenche e envia para a Coordenação Nacional uma FADOPI para que, com ela seja alimentado o Sistema de Informação da pastoral.

A Pastoral da Pessoa Idosa trabalha com indicadores de acompanhamento: estimulação de atividades físicas, bons hábitos na alimentação e hidratação, estar em dia com as vacinas contra gripe e contra pneumonia, prevenção de quedas, identificação de incontinência urinária e encaminhamento às unidades de saúde, identificação das dependências por ABVD (Atividades Básicas da Vida Diária). Todos esses indicadores são voltados à estimulação de hábitos saudáveis, com o propósito de favorecer a pessoa idosa e manter por maior tempo possível sua autonomia e independência funcional, postergando assim o aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis e com elas o quadro de dependência e fragilidades. A manutenção da independência funcional e da autonomia pode ser preservada na família e na comunidade, desde que as pessoas e seus familiares aprendam a prevenir danos e a procurar recursos disponíveis o mais precocemente possível.

Apesar dos indicadores de acompanhamento serem voltados aos aspectos da saúde, existe um forte cunho social no trabalho dos voluntários. Pelo fato da visita domiciliar acontecer todos os meses, mesmos líderes visitarem sempre as mesmas pessoas, esse contato resulta em uma atmosfera de confiança entre o líder comunitário e a pessoa idosa visitada e seus familiares. Com isto, cria-se um ambiente doméstico mais propício a uma melhor convivência intergeracional, com mais respeito, superando situações de negligência ou outros tipos de maus tratos. Embora a PPI não contemple em seus indicadores um que meça esses resultados, eles são perceptíveis pela melhora no relacionamento, descrito tanto pelos que visitam, quanto pelos visitados.


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