terça-feira, 19 março 2024

Pastoral da Educação

COORDENAÇÃO

Bispo referencial
Dom Edgar Xavier Ertl
Bispo diocesano de Palmas-Francisco Beltrão

Coordenadora
Rosiana de Moura Proença Pereira
(41) 9 9600-0774
E-mail: [email protected]

Assessor Regional
Pe. Vilmar Serighelli
(41) 9 9889-9533
[email protected]


APRESENTAÇÃO

Pastoral da EducaçãoObjetivo Geral

Promover, articular e organizar ações evangelizadoras no mundo da educação, compreendido como pessoas, instituições e ambientes relacionados à educação, com a finalidade de ser sinal do Reino de Deus e de construir um ser humano fraterno, livre, justo, consciente, comprometido e ético.

Objetivos Específicos da Pastoral da Educação

  • Promover a formação cristã dos agentes da Pastoral da Educação na esfera da fé, da metodologia, da práxis e da celebração.
  • Incentivar os educadores católicos para o protagonismo no processo de evangelização na esfera da educação.
  • Estimular a comunicação entre a comunidade eclesial e o mundo da educação em busca de melhores relações fraternas que contemplem a inclusão e o desenvolvimento de todos.
  • Ser sinal e fermento do Reino de Deus nos ambientes educativos.
  • Fortalecer a dimensão ecumênica, dialogando com as diferentes denominações, culturas e tradições religiosas.
  • Aprofundar a formação na fé dos educadores católicos nos mais diversos níveis.
  • Incentivar a atuação cristã nos diversos processos educacionais: Meios de Comunicação Social, Instituições Educativas, Escolas, Família, Agremiações.

Sobre o local de atuação da Pastoral da Educação

O foco de ação da Pastoral da Educação é o educador. Porém, o processo organizativo pastoral, deverá acontecer em comunhão com outras pastorais e movimentos ligados à Igreja. A Pastoral da Educação se entende como um dos componentes do Corpo Místico de Cristo, e quer ser parte deste todo, deixando-se interpelar, avaliar e conduzir pelo Espírito Santo, que não se reduz à Pastoral da Educação, mas está presente na Igreja toda. Comungar com o plano de pastoral da Igreja local, portanto, é condição necessária para que a Pastoral da Educação afirme sua identidade. O núcleo central de reflexão deverá ser a comunidade eclesial com sua organização pastoral. Pensar somente o universo das instituições educativas seria reducionismo, pois as escolas são um componente específico da educação formal, mas a educação integral da pessoa é algo que está além do ensino-aprendizagem. Educação atinge todas as esferas da vida.

A Pastoral da Educação, portanto, entende que a comunidade eclesial é o lugar privilegiado de planejamento, avaliação e celebração. O campo de trabalho, este sim, se estende aos mais diversos lugares: escolas, meios de comunicação social, famílias, agremiações e outros, pois, onde quer que a nucleação de agentes aconteça, é a Igreja que está reunida. É nesses ambientes institucionais diversos que a Pastoral da Educação presta seu serviço e ao mesmo tempo anuncia o evangelho.

Na comunidade eclesial, a Pastoral da Educação tem caráter celebrativo; nas escolas e outras instituições, é missionária e profética; na catequese ela poderá ser auxiliar nos processos; na família, ela é reflexão e luz na intimidade dos lares.

A Pastoral da Educação entende que a nucleação dos agentes poderá se dar também nas escolas ou em outros lugares distintos, porque a comunidade eclesial ultrapassa o ambiente paroquial. Entretanto ela não poderá se aproveitar dos horários letivos dos programas de ensino-aprendizagem das escolas, nem se identificar com modelos de ensino, quer da rede publica, quer das escolas privadas ou confessionais. A Pastoral da Educação é uma ação eclesial, instrumento do Reino de Deus, nos ambientes educativos, que respeita e dialoga com as diversidades de modelos.

Sobre o público alvo da Pastoral da Educação

Todos os que participam de processos educacionais, se comprometem a refletir estes processos à luz da fé e queiram ser agentes protagonistas de qualquer projeto de libertação, são o público alvo da Pastoral da Educação.

A Pastoral da Educação entende que, são educadores evangelizadores, todos os cristãos que buscam refletir o conhecimento enquanto caminho para Deus ou para uma transcendência libertadora, e os educadores que querem fazer ponte entre ciência (conhecimento) e fé.

Naturalmente, os agentes primeiros ad intra são os profissionais da educação cristãos católicos. Esses são os principais responsáveis na articulação da Pastoral da Educação enquanto ação organizada específica. No ambiente ad extra o público alvo são os outros educadores, cristãos ou não cristãos, que se empenham em fazer da educação uma ferramenta humanizadora, ou um instrumento criador de vida e engrandecimento da condição humana.

Sobre a Identidade da Pastoral da Educação com relação ao Ensino Religioso Escolar

A Pastoral da Educação é uma ação evangelizadora da Igreja com todas as implicações do termo. Ela é querigmática porque anuncia o Cristo ressuscitado. O Ensino Religioso Escolar, por sua vez, é uma área de conhecimento ligado ao setor pedagógico das escolas, com didática, conteúdos e métodos específicos.

A afinidade da Pastoral da Educação com o Ensino Religioso Escolar se dá naquilo que é mais amplo: a transcendência, a religiosidade, o fenômeno religioso, os valores. A partir disso a Pastoral da Educação se torna anunciadora do mistério cristão, que é vivido e celebrado na comunidade eclesial.

O conteúdo central da Pastoral da Educação é o anúncio de Jesus Cristo e a práxis cristã no mundo da educação, enquanto o Ensino religioso Escolar possui conteúdos que são determinados e orientados pelos sistemas de ensino, isto é, o Ensino Religioso é uma disciplina ministrada por profissionais habilitados para tal. Já a Pastoral da Educação é uma reflexão e uma práxis iluminada pela fé cristã.

A Pastoral da Educação é uma instância de conscientização para a plenitude da vida e não deve se preocupar somente em expandir o sistema cristão no mundo das escolas, mas deverá ser crítica e profética dentro dos ambientes educativos e na escola, zelar para que Ensino Religioso seja garantido na forma da lei, sem proselitismo e com respeito à diversidade cultural e religiosa.

Sobre a relação entre Pastoral da Educação e “Pastoral Escolar”

Pastoral Escolar é toda e qualquer pastoral que se articula no universo da escola: poderá ser a Pastoral da Saúde, Pastoral da Comunicação, Pastoral de Juventude e outras. Pastoral Escolar poderá ser qualquer ação evangelizadora organizada, em qualquer escola, que esteja aberta para pastorais diversas, com coordenação escolar específica, com planejamento próprio, com os carismas e projetos específicos de cada instituição ou congregação religiosa mantenedora de escolas, principalmente escolas confessionais. Já a Pastoral da Educação tem sua articulação orgânica com a igreja local e reflete toda a educação enquanto canal de anúncio e experiência do Reino de Deus, os fundamentos filosóficos e teológicos da educação e a relação entre educação e evangelização. A Pastoral da Educação e a pastoral escolar não se misturam, mas também não se excluem. São complementares. A diferença é a amplitude.

Sobre os agentes multiplicadores da Pastoral da Educação

Os Agentes Multiplicadores são todos os educadores católicos, leigos ou religiosos, que querem dar continuidade à pedagogia e a missão de Jesus no universo da educação, formal ou informal, de maneira organizada e processual. A Pastoral da Educação entende que os agentes multiplicadores principais são os profissionais da educação, por estarem atuando diretamente nos sistemas de ensino. Entretanto, todos os que acreditam na educação como instrumento de libertação integral e na práxis de Jesus, são evangelizadores e poderão se articular com a Pastoral da Educação.

Além de multiplicadores, a Pastoral da Educação ressalta a importância dos colaboradores, isto é, todos aqueles que contribuem de qualquer forma para o andamento do processo da Pastoral da Educação, mesmo não sendo educadores profissionais: diretores de Instituições de Ensino, membros da hierarquia da Igreja, profissionais administrativos de instituições de ensino e outros.

Sobre os assessores da Pastoral da Educação

Assessor é aquele que acompanha. Não é coordenador nem é agente liberado pata tanto. Normalmente o assessor já passou pelo processo, conhece a história da Pastoral da Educação, o planejamento orgânico da pastoral, tem consciência da eclesialidade desta ação pastoral e domina os conceitos básicos na área da Teologia e da Educação.

E fundamental que o assessor tenha mística, sabedoria e esteja à disposição do processo, principalmente em momentos de crise.

Entendemos que o Assessor Eclesiástico da diocese deverá ser cargo de confiança do bispo local e os assessores dos núcleos diocesanos da Pastoral da Educação deverão ser educadores, preferencialmente leigos.

Existem também os assessores ocasionais que não são oficialmente eclesiásticos nem permanentes. São especialistas para assuntos específicos e não precisam necessariamente dominar todos os conceitos básicos nos processos.

Sobre a instância que se reporta a Pastoral da Educação

A Pastoral da Educação deverá se reportar à Igreja Católica que goza de autonomia na evangelização.

O planejamento e avaliação, bem como as diretrizes que a orientam, deverão estar afinados com o Plano Geral da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e do Regional Sul 2.

A Pastoral da Educação não poderá se deixar cooptar pelos sistemas de ensino: rede pública, AEC (Associação de Educação Católica), escolas da rede particular e outras. Orienta-se, portanto, que em cada centro diocesano de pastoral, haja um ambiente para garantir a estrutura básica de funcionamento da Pastoral da Educação.

Sobre Pastoral da Educação Ecumenismo e Diálogo Religioso

A Pastoral da Educação deverá ser tão ecumênica e aberta ao diálogo religioso quanto qualquer outra pastoral, de acordo com a concepção de Ecumenismo e Diálogo Religioso da Igreja Católica.

A Pastoral da Educação, quando inserida no universo da escola, deverá estar para além do ecumenismo. Deverá ser inter-religiosa, e mais do que isso, procurar diálogo com o mundo dos indiferentes, dos que não se afinam com crenças específicas, e nessa realidade, questionar comportamentos, valores e ser sinal de vida.

Na comunidade eclesial, a Pastoral da Educação necessariamente deverá ser confessional, celebrativa e sacramental.


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